Minhas Reflexões – OS MÉDIUNS DA NOVA ERA
Desci
pelas escadarias na direção do jardim que ficava bem na entrada do Templo da
Manifestação Divina, contemplando ao longe as lindas serras que se avistavam daquele
ponto.
A visão é exuberante. Lembrava muito da minha peregrinação ao Monte
Nokogiri na província de Chiba no Japão. “Nokogiri” em japonês significa
“serra” ou “serrote”, esta última devido à forma que aquelas serras se parecem
vista de longe.
E ao
avistar aquela paisagem é como deitar a vista numa das mais belas partes do
corpo de Gaia. Traz sempre uma sensação de tranquilidade, serenidade e paz
interior. Estar na "Serra Azul" aqui no interior de São Paulo é ter o privilégio de
sentir o pulsar do coração desta amada Deusa da Terra. Sente-se o calor do
sangue que percorre o seu corpo.
Em
poucos minutos encontrava-me diante do portão de entrada do TMD para onde fui
chamado para receber uma pessoa que parecia me aguardar de forma ansiosa e
sorria muito. Assim que me aproximei dela, a reconheci. Nossa! Quanto tempo se
passou!!! Quinze? Vinte anos??... (Não vou citar nem as iniciais do nome desta
pessoa para preservar total anonimato, mas foi membro do CNA daqueles tempos).
- Olá...
como vai você!!! – E imediatamente a abracei dizendo o nome dela.
-
Shima... o tempo passou mesmo. Vejo que seus cabelos estão brancos... mas sua
fisionomia permanece quase o mesmo! Dá para te reconhecer.... – dizia e ria me
olhando. – E a Ree? Como está ela?
- Você
também está ótima... e pelo jeito conseguiu manter tua alegria mesmo nas
dificuldades... que não foram poucas, mas é notável que tua jovialidade foi
conservada. Ah, a Ree está bem. Encontra-se neste momento lá no Templo do Amor
Divino. Vem, vamos para o salão, deve estar muito cansada da viagem. Assim
podemos conversar melhor. Aqui está muito quente!
Agradeci
amorosamente ao rapaz que a trouxe até o local onde são recebidas as visitas e
levei a minha amiga e irmã para a área que era o nosso salão de encontros e
descansos. Sem paredes era toda redonda e coberta de palhas. A ventilação e
iluminação toda natural tornava aquele ambiente agradável, fresco e
aconchegante. Um espelho d’água formava um pequeno lago ao lado desta choupana
umedecendo o ar.
Enquanto
ela me acompanhava, perguntei:
- Onde
está hospedada? Há quanto tempo chegou na cidade?
-
Cheguei ontem a tarde e estou hospedada na pousada bem na entrada da cidade à
beira do grande lago. Lá me informaram como chegar até aqui. Inclusive aquele
rapaz se prontificou a me trazer. Ele ouviu quando mencionei seu nome. Muito
amável esse rapaz!
- Sim,
ele é do Grupo Sentinelas de Gaia. São esstes rapazes e meninas que muito tem
nos ajudado aqui com as pessoas que chegam até nós. Lembra-se de quando
iniciamos o projeto deste grupo?
- Nossa
como me lembro! E como foi difícil naquela época... até para nós foi difícil
ter a visão que você tinha sobre eles. Em todas as comunidades por onde passei,
é lindo de ver o trabalho deste grupo.
-
Concordo. Não foi fácil, mas quem poderia acreditar no que estava para vir?
Felizmente algumas pessoas deram o apoio que foi necessário para começar a
formação deste grupo escoteiro a tempo. Conseguimos criar as primeiras unidades
antes dos primeiros eventos.
- Sabe,
vi alguns deles conduzindo muitos refugiados pelos campos... para onde iam?
- Ah...
assim que chegam os sobreviventes das últimas tragédias, eles os levam para os
postos de socorro que são mantidos pelo Templo da Cura. Lá são atendidos e os
que precisam de atendimentos são encaminhados às Tendas, onde recebem
assistências dos médiuns. Nossa estrutura ainda é precária, mas estamos
conseguindo atender a todos que nos procuram ou são trazidos até nós.
-
Puxa... então o TC tornou-se realidade Shima?
- Sim
tornou-se tão real quanto útil para este momento atual. O tempo ajudou muito na
formação e iniciação dos médiuns. A maioria já eram sacerdotisas e
sacerdotes... e exerciam suas funções nas Tendas existentes na época antes do
início dos eventos.
Muitos foram encaminhados por nós para lá, quando não havia
mais tempo de treinamentos ou mesmo promover os cursos. Até mesmo eu e a Ree
tivemos que nos integrar a uma comunidade, quando a nossa não teve mais tempo
de preparação. O tempo tinha chegado.
-
Verdade, você nos comunicou isso e sou grata pelas instruções que nos passou na
época e fomos frequentar os cursos que vocês dois nos indicaram. Foram grandes
revelações, que causaram profundos choques inicialmente. Comentamos muito isto
durante as primeiras aulas. Tudo o que você tentou nos passar, estava ali...
tal como você nos ensinava...
- E
como se saiu irmã? Perdi meu contato com vocês depois dos primeiros eventos...
- Seis
meses depois já estávamos estudando todas as magias sagradas. Foram dois anos
maravilhosos... e o mais surpreendente foi o desenvolvimento de forma
consciente da nossa mediunidade. Começamos a trabalhar na Tenda ligada a eles e
nos tornamos médiuns no verdadeiro sentido do servir. Isto já tinha aprendido
com você, Shima.
- Fico
feliz que souberam aproveitar o tempo. Sempre acreditei em vocês. Os que vieram
na época para cá estão até hoje juntos... estão agora no TAD realizando um
trabalho com a Ree. Temos atividades diárias lá no Templo. E você, o que tem
feito nestes anos todos? Me conta...
- Me perdi
no começo, Shima, sabe como é... crenças enraizadas... mitos e rituais que
desconhecia em sua profundidade e realidade. Muito conflito interior sobre o
significado que havia por trás das tuas recomendações. Com o tempo, a verdade
surgia conforme as questões eram levantadas. Era possível contatar diretamente
os guias da Casa. A veracidade vinha com o tempo, com a vivência. Ainda assim,
as dúvidas assaltavam nossa mente e coração. Era difícil acreditar que se tinha
vivido dentro de uma caixa a vida inteira.
- Assim
tem sido, irmã... até para mim no começo. Mas quando somos ainda jovens,
adolescentes... é mais fácil moldar nossa mente ainda em expansão e se firmar
de acordo com a vontade interior tudo flui de forma natural, mas se com o
avançar da idade, negamos a nós mesmos a realidade fora deste quarto escuro,
como digo sempre, o choque com essa realidade verdadeira é cruel e dolorosa,
quando passamos a ter ciência do mundo espiritual que está diretamente
envolvido no plano material.
Vivenciando a minha mediunidade
Conforme
a irmã narrava sua história era quase que um transe o retorno ao passado, vinte
anos atrás, quando tudo parecia perdido, mesmo após tantas vitórias ocorridas
no mundo inferior do astral. Naquele mundo que passei a chamar de Terra II era
nada menos do que o mundo umbralino, marcado por camadas cada vez mais densas,
cuja negatividade era tamanha que assustava até as nossas equipes encarnadas de
resgates que operavam neste mundo.
A minha
experiência acumulada ao longo de 10 anos de ações neste mundo, vivendo os
dramas, conflitos, batalhas e até guerras que surgiram por lá foi algo
sinistro, surreal e por que não dizer, transcendental. Mas foi também de onde
surgiram as grandes revelações sobre a condição humana daqueles que
desencarnavam do plano físico e mergulhavam naquelas camadas, ficando
aprisionadas por si mesmas durante longos períodos que ultrapassavam séculos e
milênios.
Entender
tudo isto me levou a pesquisar e mergulhar cada vez mais nas operações neste
submundo da espiritualidade humana. Para as consciências comuns dos
trabalhadores da luz na época, era um imenso choque as cenas que viam ou
percebiam durante as ações desenvolvidas pelo CAD, o Comando Águia Dourada
criado para esta finalidade. As reações negativas e anti-crísticas eram de tal
nível que muitas batalhas passaram a ocorrer continuamente ao longo de mais de
3 anos.
O uso
constante de magia negra foi a metodologia mais amplamente aplicada contra nós,
por aqueles que denominamos de magos negros e suas falanges. As baixas entre
nós ocorriam de forma assustadora. Mas conforme avançávamos nestes redutos,
mais aprendíamos sobre o uso da Magia Sagrada para combater e conter os efeitos
magísticos que eram lançados sobre nós.
Durante
os processos de investigação, quando as entidades eram questionadas era
possível desvendar uma série de atos e magias, incluindo como eram feitas e por
quais fontes se originavam os ataques ininterruptos contra nossas atividades
crísticas relacionadas à limpeza planetária. Com o tempo criamos novos sistemas
de defesa, proteção e segurança tornando mais efetiva as nossas operações de
resgate conscientes no mundo umbralino.
Tanto
para a humanidade de forma geral quanto para a maioria dos habitantes do mundo
umbralino, a ignorância sobre a existência da amada Gaia como espírito da
Terra, foi o fator que tornou dramática a transição planetária na época.
Atualmente, é mais fácil a assimilação e a compreensão sobre as mudanças
geológicas em andamento no planeta, devido ao aprendizado pela dor, o caminho
escolhido pela maioria da própria humanidade encarnada e desencarnada.
Como
num corpo humano, qualquer elemento nocivo e estranho que se cria ou fica em
suas entranhas são eliminados pelos anticorpos naturais. Assim tem sido com o
corpo físico da amada Gaia. As reações internas foram a níveis catastróficos,
principalmente com os inúmeros abrigos subterrâneos construídos dentro do seu
corpo em profundezas além da imaginação das pessoas comuns da superfície. Esses
abrigos sucumbiram e outras ainda terão o mesmo destino.
Da
mesma forma como ocorreu no continente da Atlântida que desapareceu da noite
para o dia, nas fendas que se abriram sob a crosta terrestre, tem ocorrido com alguns
abrigos que foram engolidos e despencaram até serem consumidos pelo magma. A
purificação do corpo de Gaia é algo notável pela beleza que promove em seu próprio veículo de
manifestação. Apenas o que foi criado com o propósito divino da 4ª dimensão tem
permanecido sobre a superfície, pois consagrou o solo sagrado em sua intenção
mais pura e divina, tornando-se um ponto focal da Luz.
Ainda
estamos vivendo as amarguras desta transformação plena e maravilhosa de Gaia. É
nesta consciência que conduzimos nossas vidas e alimentamos a nossa esperança
de um dia tudo estar em perfeito equilíbrio e tranquilidade. As diversas tribos
que se formam, são as que estão se unindo num propósito comum: sobreviver.
Muitas comunidades também sobreviveram e estão espalhadas sem comunicações. Se
prepararam para estes dias e então, conseguem avançar durantes os períodos mais
críticos, onde alimentos e medicamentos inexistem para a maioria. Não há
eletricidade e nem hospitais funcionando como nos tempos antigos.
As
cidades em ruínas deixam de ser seguras. Os sobreviventes instalam seus
acampamentos nos campos. Buscam plantar o que devem comer. Reúnem-se em grupos
familiares, amigos e conhecidos. As novas tribos refugiam-se em locais mais
seguros. As inundações prosseguem por toda a parte. Os feridos e doentes são
encaminhados para as inúmeras Tendas, muitas delas distantes e inacessíveis
ainda para a maioria destas tribos.
Mas,
quando encontradas a ajuda é enviada.
A ação dos médiuns conscientes e despertos
Desde o
início de tudo, o que ocasionou um fator positivo durante os eventos foram os
alertas, avisos e premonições vindos de pessoas cuja mediunidade estava
aflorada e em especial quando os entes queridos as ouviam. Estas atitudes
salvaram muitas vidas e muitas famílias do desastre inevitável das mudanças
sobre a crosta.
Principalmente
as ações desencadeadas pelas crianças que tinham consciência de sua mediunidade
e já estavam afinadas com seus pais e familiares. Elas foram decisivas nos
momentos mais dramáticos, pois as crianças sabiam para onde direcionar seus
entes queridos, estavam conectadas com seus mentores e guias espirituais. E
estes, mostravam a elas a direção mais segura que deveriam tomar.
As
pessoas adultas, que assumiram a mediunidade de forma consciente já atuavam nas
Tendas e Centros Espíritas e foram os canais para as ações da Hierarquia
Espiritual durante as transformações de Gaia, orientando as pessoas que
frequentavam estes locais sagrados sobre todas as situações previstas e as
ações preventivas que deveriam promover antes que os eventos ocorressem.
Ao
longo dos anos, muitas preparações, treinamentos e vários encontros foram
promovidos pelos mestres, mentores e guias espirituais, para passar instruções
e orientações aos grupos filiados a cada linha de atividade espiritual na
Terra.
Assim,
muitas comunidades foram criadas e formadas em locais estratégicos para dar o
suporte e apoio físico e espiritual para todas as tribos que passariam a
existir após as mudanças geológicas no planeta.
Hoje, é
incrível testemunhar este momento único da Humanidade. Participar ativamente
daquilo que no passado era uma utopia para a maioria das pessoas, no que se
relacionava à precipitação e materialização da Hierarquia Espiritual em nosso
mundo físico. Isso é fato agora e tem sido maravilhosa a integração, interação
e intercâmbio que vem ocorrendo entre as pessoas e os Mestres, Mentores, Guias
e Guardiões espirituais.
Vendo
diante de mim a irmã que acabara de chegar, nunca imaginei que ela poderia
sobreviver aos eventos, mas como seguiu as recomendações e se dedicou a
aperfeiçoar e desenvolver a mediunidade, a colocou no serviço do Plano Maior e pode
ser um canal, cujo instrumento auxiliou os Guias a passar informações cruciais
durante cada evento para que as pessoas pudessem compreender o que ocorria e o
seu motivo.
O mundo
agora caminha para a manifestação plena onde a Luz brilha através do
conhecimento sobre as Leis Divinas e o Amor reina em todos os lugares como o
alicerce que sustenta a Fraternidade Humana em seu novo caminho nesta dimensão,
onde cada consciência se abre para a compreensão maior sobre a realização do
Plano Divino na Terra.
Olho
mais uma vez para esta irmã e sorrio.
- É
Shima, como você sempre disse: ‘Sorria e confie!’ Mesmo nas noites turbulentas,
lembrava-me disso. E aqui, estou hoje!
Dei-lhe
um grande abraço fraternal e agradeci amorosamente pela confiança que tinha
depositado nas recomendações passadas pelos nossos mestres, mentores e guias
espirituais.
- Vamos
agora irmã, construir um novo mundo. Muito há que se fazer! E hoje, mesmo com
menos mãos de obra contamos com estes trabalhadores da Luz!
-
Verdade, Shima, agora eles sabem a quem devem servir!
- Isto
mesmo, irmã... servir à Hierarquia Espiritual da Luz sempre e não o ego
inferior.
Em Luz
e Amor,
Paz em
Cristo!
Shima.
Namastê.
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