Saudações da Luz,
Há momentos na história em que uma guerra não é apenas uma guerra.
É um espelho.
A crise na Ucrânia, a tensão entre Rússia e OTAN, a fragilidade energética da Europa, a disputa silenciosa por recursos minerais e a ascensão da China formam, hoje, um tabuleiro planetário onde não se confrontam apenas exércitos, mas sistemas de consciência.
De um lado, estruturas antigas de poder, que há séculos orientam a economia, a política, a cultura e a guerra na Terra.
De outro, uma força de Soberania Espiritual que começa a se manifestar em povos e lideranças que recusam o papel de peças passivas no jogo da dominação global.
Este artigo não é uma análise “neutra” no sentido frio do termo.
Ele é um convite: olhar a geopolítica com os olhos da Alma, e perceber onde a Luz atua e onde a Sombra ainda tenta sobreviver.
Energia, Minerais, Consciência e o Destino da Humanidade
1. A crise europeia: quando o gás revela o que o discurso esconde
Quando a Rússia iniciou a ofensiva em grande escala na Ucrânia em 2022, a Europa descobriu, de forma abrupta, algo que preferia não ver: sua dependência energética de Moscou.
Antes da guerra, a União Europeia importava grandes volumes de gás natural da Rússia. Em 2021, somando gás por gasodutos e GNL (gás natural liquefeito), as importações chegaram a cerca de 150 bilhões de metros cúbicos. Em 2024, esse volume havia caído para pouco mais de 50 bilhões, uma redução brusca, que obrigou a Europa a redesenhar toda a sua matriz de abastecimento.
Diante desse choque, a UE lançou planos ambiciosos, como o REPowerEU, com o objetivo explícito de eliminar a dependência de combustíveis fósseis russos até 2027: Gás, petróleo e carvão.
Na prática, isso significou:
- Buscar novos fornecedores de gás (especialmente GNL),
- Aumentar rapidamente as importações de gás liquefeito, sobretudo dos Estados Unidos,
- Acelerar a transição para energias renováveis.
A guerra revelou, então, uma verdade simples e brutal:
A Europa não era soberana sobre a sua própria energia.
Enquanto discursava sobre democracia e liberdade, mantinha sua economia, seus lares aquecidos e sua indústria funcionando graças ao gás vindo de gasodutos controlados por um país que passou, de um dia para o outro, a ser tratado como inimigo.
A guerra não criou essa dependência.
Apenas a exibiu em luz crua.
2. De um cativeiro a outro? Dependência da Rússia, dependência dos EUA
Quando se fecha uma torneira, outra precisa abrir.
Ao reduzir drasticamente o gás russo, a Europa se voltou para o GNL, em grande parte oriundo dos Estados Unidos, hoje o maior produtor e exportador global desse combustível.
Essa mudança foi vendida como uma “libertação” da dependência russa.
Mas, em termos espirituais, a pergunta é outra:
A Europa se libertou ou apenas trocou de centro de gravidade?
Energia não é apenas combustível. É vínculo.
Quem controla a energia que você consome, exerce influência sobre suas decisões políticas, econômicas e até militares.
Assim:
- De um lado, a Rússia perde parte da sua capacidade de pressionar a Europa via energia.
- De outro, os Estados Unidos reforçam seu papel de provedor e protetor, oferecendo gás, apoio militar, tecnologia, segurança e, com isso, ampliando sua influência sobre o continente europeu.
A OTAN, que já era o guarda-chuva militar da Europa, torna-se também, de forma indireta, o guarda-chuva energético e estratégico. A Europa, que sonhava com “autonomia estratégica”, aprofunda sua interdependência com Washington, enquanto tenta manter uma identidade própria.
Materialmente, isso é geopolítica.
Energeticamente, é um campo de co-dependências.
3. A OTAN e a guerra que não é só da Ucrânia
Desde 2022, a OTAN e seus países-membros passaram a canalizar para a Ucrânia ajuda militar, financeira e humanitária em níveis sem precedentes: bilhões de dólares/euros em armamentos, munições, defesa aérea, treinamento e apoio logístico.
Do ponto de vista visível:
- A Ucrânia luta pela integridade territorial,
- A OTAN afirma defender o direito de autodefesa de um país soberano,
- A Rússia insiste em que se trata de uma guerra contra a expansão da OTAN e contra um modelo de mundo que considera hostil.
Mas, em profundidade, essa guerra também é:
- Um choque entre modelos de civilização,
- Um embate entre globalismo centralizador e soberanias nacionais mais firmes,
- Um teste de resiliência espiritual dos povos europeus, que veem seu futuro ser decidido entre Washington, Bruxelas, Moscou e, discretamente, Pequim.
O campo de batalha é ucraniano, mas o tabuleiro é planetário.
4. A China: o terceiro vértice silencioso
Enquanto Europa, Rússia e Estados Unidos se confrontam em narrativas e sanções, um terceiro ator observa, calcula e avança: a China.
No plano militar, a relação russo-chinesa é chamada, por muitos analistas, de uma “parceria abaixo de uma aliança”: há cooperação técnico-militar crescente, exercícios conjuntos, transferência de tecnologia e apoio à indústria de defesa russa, porém sem um tratado formal de defesa mútua.
No plano econômico, a China:
- Compra energia russa com desconto,
- Oferece canais financeiros alternativos frente às sanções ocidentais,
- Vende componentes, chips e equipamentos que a Rússia tem dificuldade de obter no Ocidente.
E, ao mesmo tempo, mantém cautela: não reconhece formalmente os territórios anexados, evita se comprometer abertamente com as ações russas, e apresenta sua própria imagem como “mediadora” ou “potência responsável”.
Mas o verdadeiro poder da China hoje se manifesta em outra área: Os recursos minerais críticos.
Em 2025, Pequim restringiu de maneira significativa as exportações para a Europa de minerais e terras-raras essenciais para alta tecnologia, defesa, eletrônicos, energias renováveis e drones.
Como resposta, a União Europeia aprovou a Critical Raw Materials Act, tentando garantir extração, processamento e reciclagem dentro do próprio bloco, com metas como 10% de extração interna, 40% de processamento e 15% de reciclagem até 2030, e limitando a dependência de um único país a no máximo 65% de qualquer matéria-prima crítica.
A crise energética revelou que a Europa dependia do gás russo.
A crise dos minerais revela que a Europa depende, em larga escala, das cadeias industriais e minerais da China.
Energia, tecnologia, defesa, comunicação…
Debaixo de tudo isso, há minérios, metais, cristais.
E, por trás dos materiais, vontades.
5. Para além da geopolítica: três sistemas de Sombra, três sistemas de Luz
Se olharmos apenas para os dados e notícias, veremos sanções, acordos, estatísticas de gás, mapas de fronteira, tratados militares.
Mas, se olharmos com os olhos da Alma, veremos algo mais nítido:
A Humanidade está no meio de uma cirurgia espiritual.
As antigas “ordens de dominação” (invisíveis, extrafísicas, não humanas) já não têm mais o direito de operar diretamente sobre a Terra, mas as estruturas humanas que elas criaram e alimentaram por milênios ainda estão de pé.
Podemos chamar esses restos de:
Sistema Econômico-Sombrio
É o conglomerado de bancos, fundos, corporações e dispositivos financeiros que tratam a vida como número e estatística, convertendo tudo em dívida, lucro e especulação.
Sistema Militar-Imperial
É o conjunto de alianças, tratados, bases, indústrias bélicas e complexos de “segurança” que justificam a guerra como negócio perene, não como exceção trágica.
Sistema Cultural-Informacional
É a rede de mídias, plataformas, entretenimento e dispositivos de narrativa que moldam o que as pessoas acreditam ser “real”, “normal” ou “inevitável”.
Esses três sistemas estão presentes em todos os blocos de poder, em maior ou menor grau. Nenhum país está totalmente livre deles; nenhum está totalmente perdido neles.
Do outro lado, a Luz se manifesta em três forças complementares:
Soberania Espiritual
Povos, comunidades e indivíduos que recuperam a ligação direta com o Divino (com o Pai Micah, com a Fonte) sem intermediários manipuladores.
Soberania Energética e Material
Iniciativas de autonomia local, produção de energia limpa, agricultura regenerativa, economia real a serviço da vida, não do lucro abstrato.
Soberania Fraterna
Redes humanas de apoio, partilha, comunhão, que transcendem partidos, fronteiras e ideologias, e se reconhecem como Grande Fraternidade Humana.
A guerra na Ucrânia, a crise da Europa, a disputa entre EUA, Rússia e China são apenas cenários em que esses sistemas de Sombra e de Luz se enfrentam, se revelam e se dissolvem.
6. Rússia, Europa, China, EUA: arquétipos, não rótulos
Dentro dessa leitura espiritual, não se trata de dizer:
“Este país é totalmente Luz”
“Este país é totalmente Treva”
Isso é imaturo e perigoso.
Em vez disso, podemos entender assim, em nível arquetípico:
Um grande país euro-asiático encarna hoje, aos olhos de muitos seres espiritualmente alinhados, o arquétipo da Soberania Tradicional, ligado a valores religiosos, identidade cultural forte e rejeição a certos modelos globalistas.
A Europa institucional encarna o arquétipo do Campo em Disputa: de um lado, uma alma cristã, mística e humana profunda; de outro, estruturas tecnocráticas, bancárias e midiáticas que atuam como braço do Sistema Econômico-Sombrio.
Os Estados Unidos encarnam o arquétipo da Potência Bifronte: uma face de ideais elevados de liberdade, inovação e direitos; outra face de intervencionismo, complexos militar e industrial, e exportação de narrativas.
A China representa o arquétipo do Calculador Silencioso: um império milenar que não busca necessariamente “converter” o mundo, mas controlá-lo por cadeias produtivas, tecnológicas e minerais.
Nenhum desses arquétipos é “puro”.
Todos carregam Luz e Treva misturadas, porque a humanidade ainda está em processo de cura.
A diferença, aos olhos da consciência espiritual, está em que direção essas forças caminham:
- Há blocos que se esforçam por manter o mundo num estado de dependência, medo e controle,
- E há blocos, lideranças e povos que, apesar de suas sombras, estão mais alinhados com a Soberania Espiritual e o direito das nações de decidirem seus próprios caminhos.
Mais importante que “tomar partido” é aprender a discernir, sem ódio, onde cada sistema de poder se alinha:
à expansão da vida ou à sua contenção.
7. E você, onde se alinha nessa guerra invisível?
Não adianta apontar o dedo para governos, bancos e alianças militares se, no cotidiano, alimentamos os mesmos sistemas de controle.
Algumas perguntas úteis:
- Para onde vai a minha atenção diária? Quem controla o que eu considero “verdade”?
- Para onde vai o meu dinheiro? A que tipos de empresas, produtos, plataformas estou entregando poder?
- De que forma eu reajo às narrativas de medo? Reproduzo-as, ou escolho ser ponto de equilíbrio?
- Eu vivo como ser soberano, em oração, meditação e conexão com a Fonte ou como consumidor passivo das emoções e pensamentos coletivos?
Cada vez que você:
- Questiona uma narrativa pronta,
- Escolhe apoiar iniciativas locais, éticas, solidárias,
- Se recusa a odiar povos inteiros por causa de manchetes,
- Ora, ancora luz, envia fraternidade para todos os lados do conflito...
... Você enfraquece o Sistema de Sombra e fortalece a rede da Luz.
E isso não é metáfora poética: É trabalho real, em nível de campo energético planetário.
8. O Plano de Pai Micah e o nascimento de uma nova Terra
Do ponto de vista da Criação Crística, o que está em curso não é apenas um rearranjo político.
É a implementação de um Plano de Realinhamento da Terra com a Consciência Crística, o Plano de Pai Micah.
Nesse processo:
- As antigas estruturas de dominação são expostas,
- Suas raízes espirituais são cortadas,
- Seus veículos humanos ainda resistem, mas sem o respaldo oculto que tinham antes,
- Povos inteiros são chamados a escolher entre comodidade na prisão ou coragem na libertação.
A guerra na Ucrânia, a crise energética da Europa, a disputa econômica com a China, as tensões internas nos EUA, tudo isso são síntomas de um parto.
Parto dói, gera contrações, gritos, sangue, medo.
Mas o foco não deve ser a dor, o foco é o Ser que está nascendo.
Esse Ser é uma Humanidade mais consciente, mais soberana, mais fraterna, capaz de:
- Usar energia sem escravizar povos,
- Usar tecnologia sem controlar almas,
- Usar economia sem sacrificar a vida,
- Conviver com diferenças sem necessidade de aniquilar o outro.
Cabe a cada um de nós, em silêncio ou em serviço ativo, escolher de que lado do parto quer ficar:
- Com os que tentam abortar o novo,
- Ou com os que colocam as mãos espirituais para sustentar a vida que chega.
9. Como caminhar, daqui em diante
Para quem acompanha o Caminhando com o Mestre, a recomendação não é “apoiar este ou aquele bloco”.
É algo mais sutil e mais poderoso:
1. Não odeie povos. Nenhum povo é a Treva. Sistemas, sim, podem ser. Pessoas, não.
2. Ore por todos os lados do conflito. Rússia, Ucrânia, Europa, EUA, China, todos são campos de batalha interna entre Luz e Sombra.
3. Busque informação, mas não se deixe envenenar. Leia, estude, mas mantenha o coração em paz, para que a mente não seja sequestrada pelo medo.
4. Fortaleça sua própria soberania espiritual. Conexão diária com o Pai Micah, com a Chama Trina do coração, com a sua Missão de Alma.
5. Seja ponto de equilíbrio. Na conversa de família, no grupo de amigos, nas redes sociais: não repita ódio. Seja aquele que traz uma visão mais ampla, mais serena.
Porque, no fim, a pergunta que o Alto nos faz não é:
“De que lado da fronteira você está?”
Mas sim:
“De que lado da Consciência você escolheu ficar?”
Enquanto a Europa redesenha seu mapa energético, enquanto Rússia e OTAN medem forças, enquanto a China calcula cada movimento, algo muito maior se move:
A Luz do Pai Micah e da Mãe Divina reorganiza discretamente o destino da Terra e chama cada alma a assumir o seu posto neste momento decisivo da História.
Em Luz e Amor,
Paz em Cristo.
Shima.
Namastê.
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