Saudações
da Luz,
A questão
humanitária antes do início de um conflito que gera uma guerra civil precisa
ser vista com prioridade máxima, pois envolve diretamente a vida e a segurança
da população civil que nada tem a ver com as disputas políticas e
estratégicas da EU com a Rússia. Basta para isso analisar os casos ocorridos na
antiga República da Iugoslávia que durou 10 anos, começou com o fim da URSS em
1991 e terminou em 2001.
Por trás
destes conflitos e separações, estão a política e as questões
étnicas-religiosas em que vários povos decidiram separar-se de um governo
centralizado e tornarem-se repúblicas autônomas, livres e independentes,
ocasionando então 3 ondas de guerras separatistas na Europa Central com o fim
da República Socialista Federativa da Iugoslávia.
As
guerras civis iugoslavas podem ser divididas em três grupos distintos de vários
conflitos:
A
primeira foi consequência da dissolução da Iugoslávia em 1991:
Guerra de
Independência Eslovena (1991)
Guerra de
Independência Croata (1991-1995)
Guerra da
Bósnia (1992-1995)
Guerra
Croata-bosníaca (1992-1994)
A segunda
ocorreu em áreas povoadas por albaneses:
Guerra do
Kosovo (1998-1999)
Conflito
no sul da Sérvia (1999-2001)
Conflito
na Macedônia (2001)
A
terceira em razão da intervenção militar da OTAN:
Operações
aéreas da OTAN contra a Sérvia:
Operação
Força Deliberada (bombardeio sobre a República Srpska, 1995)
Operação
Força Aliada (bombardeio sobre a Iugoslávia, 1999)
O
resultado destas guerras foram:
Total de
mortos: cerca de 130 000 – 140 000 pessoas.
Deslocados
internamente (refugiados): cerca de 4 000 000 de pessoas.
A
humanidade já tem conhecimento sobre as ocorrências de crimes contra a
humanidade cometidas por quase todos os exércitos envolvidos nestes conflitos
ao longo de uma década, onde a brutalidade, crueldade, estupros, tráficos de
mulheres e crianças ocorreram com muita frequência, assim como ondas de execuções e
assassinatos em massa causando o massacre de vilas inteiras por parte dos
militares.
Portanto, a questão humanitária é fiscalizada atualmente com mais rigor, principalmente pela facilidade de acompanhar os eventos de perto a partir das gravações de vídeos nas redes sociais em tempo real.
O que é preciso fazer é saber fazer a
triagem entre o acontecimento verdadeiro e a propaganda militar e das milícias
radicais envolvidas diretamente na violação dos direitos humanos básicos
durante os conflitos de guerra. E essa façanha não é para qualquer pessoa, pois
é necessário conhecimento sobre a arte da guerra e o histórico de cada país
numa guerra. Principalmente, quem está envolvido diretamente por trás dos
conflitos que geram uma guerra civil num determinado país.
E aqui,
no caso da Guerra Civil Ucraniana, cuja origem iniciou-se com o Golpe de
Estado em 2014 promovida pela EU e financiada pelos EUA, ficando claro que no
atual contexto que envolve o conflito OTAN x Rússia, os seus principais
mentores são os EUA e a EU. A Ucrânia e o povo ucraniano no caso, são meras
peças neste jogo de xadrez geopolítico europeu com os “peões” que são
descartados para a conquista de posições dentro do tabuleiro europeu.
Neste jogo de Domínio Global, temos de um lado o Ocidente e de outro lado a Ásia. De um lado os EUA é o “rei” e a EU a “rainha”. Do outro lado, a Rússia é o (rei) e a China (rainha). E neste jogo não há ideologia ou partido político e sim o jogo estratégico econômico/militar. As “torres” funcionam como as bases militares ou postos/territórios conquistados que precisam ser defendidos.
Enquanto isso, o movimento dos “bispos” (diplomacia) é usado para
desestabilizar o adversário, por isso seus movimentos são oblíquos e
transversais, para causar a ilusão tendo sempre dois movimentos bem distintos
ora numa situação e ora noutra de oposição. Jogam pelos dois lados do
tabuleiro, na área preta ou branca.
Os
“cavalos” são os exércitos que podem defender os territórios, atacar pelos
flancos ou avançar para o combate direto, sempre saltando de uma posição para outra
de forma estratégica, sendo usados sempre que há necessidade de forçar o recuo
ou promover a reação do adversário.
A ONU é
como os “bispos” no jogo do xadrez. E seus movimentos ocorrem de acordo com os
interesses de cada lado. Quem está ganhando ou dominando o jogo tem mais apoio
ou “privilégios” de barganha ou negociação.
A OTAN é
usada como os “cavalos”, e é estrategicamente posicionada dentro do tabuleiro
conforme ocorre o movimento de peças por parte da Rússia. Há que se formar
alianças neste jogo estratégico a nível global. Então temos o G-7 (Canadá, França,
Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) contra as pretensões do
BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), onde se disputa a
hegemonia global na área econômica, financeira e militar.
No caso
específico da Rússia, não há uma aliança a nível da OTAN e o único país europeu
aliado à Rússia hoje é a Bielo-Rússia que faz fronteira com a Polônia e
permanece até hoje com os seus laços alinhados com a Federação Russa, justamente
porque foi um dos 3 países que participaram conjuntamente numa frente de
independência da antiga URSS, formada pela Rússia, Bielo-Rússia e a Ucrânia em
1991.
O Golpe de Estado ocorrido na Ucrânia em 2014 quebrou esta aliança Euro-Asiática. Além da Rússia, outro país Euro-Asiático, a Turquia se alinhou à OTAN em 1952 ainda durante a “Guerra Fria”.
Como a Turquia foi a capital do antigo Império Otomano e sofreu as maiores derrotas frente ao Império Russo no século XIX e XX entende-se a sua aliança na OTAN, mas assim a tendência dos valores turcos estará sempre na direção asiática, e por isso, provavelmente não se envolverá numa guerra aberta contra a Rússia no Mar Negro, onde os russos tem uma das suas maiores Frotas Navais.
Em caso de uma guerra entre a OTAN contra a Rússia,
a Turquia não poderá impedir o fluxo dos movimentos da Marinha Russa pelo
Estreito de Bósforo em Istambul.
Caberá à Turquia, mesmo alinhada com a OTAN, manter a sua neutralidade no atual conflito bélico, assim poderá ser no futuro o juiz que decidirá os destinos das nações em conflitos. A sua posição estratégica dentro do tabuleiro global é por ser um país euro-asiático da mesma forma como a Rússia.
E também, por ter sido um
Império no passado, tem o legado e a experiência de arbitrar qualquer conflito
a nível mundial. O Império Otomano foi um dos mais longevos da história da
civilização humana, reinando por quase 7 séculos, do ano de 1299 a 1922 quando
foi extinto no final da Primeira Guerra Mundial, da mesma forma como ocorreu
com o Império Russo em 1918 com a execução da Dinastia Romanov.
Então,
aqui fica registrado a sanha e a ambição de poder da OTAN na Europa.
E como
sempre, os EUA estão envolvidos até o pescoço nas conspirações que ocasionam os
Golpes de Estados em todas as nações do planeta. É uma herança do antigo
Império Britânico que tantos males causaram no mundo, principalmente no Oriente
Médio, na Índia e na China. Por isso, os EUA criaram a OTAN como o seu braço
militar na Europa.
Assim
dito, está manifestado a Verdade Crística.
Em Luz e
Amor,
Paz na
Terra!
Shima.
CAD/NA.
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